Para muitas pessoas com deficiência, o maior obstáculo para viver nas grandes cidades é um só: o medo. Medo de não ser capaz de transitar pelos espaços públicos com segurança e dignidade, vivendo uma vida normal. Por isso, falar de acessibilidade urbana é tão importante.
Apesar de ganhar cada vez mais espaço nos veículos de comunicação, o assunto não é prioridade entre a classe política e o resultado objetivo nas cidades brasileiras é quase imperceptível. Na maior parte dos municípios do país, não há condições para que pessoas com necessidades especiais exerçam plenamente o direito de ir e vir.
Até 2050, em todo o mundo, serão 940 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência vivendo em áreas urbanas, o que torna a questão da acessibilidade urgente. Esse número é significativo, já que representa 15% dos 6,25 bilhões de habitantes das cidades do globo.
Para uma pessoa com deficiência, são diversas as barreiras encontradas nos espaços urbanos. Faltam rampas de acesso, edifícios com elevadores, banheiros adaptados e lojas e calçadas niveladas. Além disso, o ambiente caótico e barulhento da metrópole é um campo minado sensorial.
É fato que quem possui algum tipo de deficiência é menos propenso a se socializar ou trabalhar por não contar com meios de transporte acessíveis. Além disso, uma cidade que não oferece acessibilidade em sua área urbana perde grandes somas de dinheiro provenientes do turismo e do comércio.
Hoje em dia, alguns aplicativos de mapeamento tornam mais fáceis à tarefa de se deslocar por uma grande cidade, medindo o nível de inclinação de ruas importantes e oferecendo rotas alternativas. Isso favorece também idosos e outras pessoas com problemas de deslocamento.
A tecnologia também colabora oferecendo um tempo maior na abertura de portas automáticas, corrimãos que flanqueiam ambos os lados de escadas e cadeiras inteligentes. Sistemas sonoros ajudam quem possui problemas auditivos e placas em Braille, sinalizações táteis e outros itens favorecem os deficientes visuais.
Muitos locais de uso público, como as estações de transporte por trilhos, também já estão livres de barreiras. Em Washington, capital dos Estados Unidos da América, por exemplo, todas as 91 estações de metrô e ônibus são completamente acessíveis.
No Brasil
Por aqui, todas essas necessidades esbarram nas péssimas condições de preservação das nossas vias. Existem normas técnicas em vigor desde 2009 que orientam o cumprimento da Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo. Nelas constam alguns pontos importantes para a acessibilidade urbana. Confira:
Rampas – a largura das rampas é determinada de acordo com seu uso. A mínima em novas rotas acessíveis é de 1,5 m. Em construções já existentes, ela pode ser de apenas 90 cm, dependendo do projeto;
Pisos – os pisos devem possuir superfície regular, firme, estável e antiderrapante. A inclinação transversal máxima da superfície pode ser de 2% para pisos internos e 3% para pisos externos. Inclinações maiores que 5% são rampas. É necessário evitar que as cores e estampas dos pisos causem qualquer sensação tridimensional nos usuários;
Rotas – nas edificações e aparelhos públicos, todas as rotas devem ser acessíveis, inclusive as que interligam departamentos diferentes alocados em um mesmo prédio. A separação entre as diversas rotas acessíveis não pode ser maior que 50 m. A sinalização das entradas acessíveis é imprescindível.
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Imagem: serts | iStock / Getty Images Plus
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